Petlove se prepara para incorporar a SimplesVet, entenda o que pode mudar!

A Petlove, uma das principais empresas do setor pet e dona de um dos maiores e-commerces do Brasil, aguarda a aprovação do Cade para concluir a aquisição da SimplesVet, plataforma de gestão voltada a clínicas veterinárias e pet shops. A movimentação reforça a estratégia da empresa de expandir sua presença no mercado B2B. Vale lembrar que a Petlove também já detém o Vetus, outro sistema SaaS voltado ao segmento.

Fundada em Salvador em 2013, a SimplesVet se consolidou como uma das plataformas mais utilizadas por empresas do setor, oferecendo recursos como emissão de notas fiscais, controle de estoque e prontuários clínicos.

Mas a novidade levantou um sinal de alerta no mercado: o que acontece quando o seu sistema de gestão passa a pertencer ao seu potencial concorrente direto?
Muitos pet shops e clínicas que utilizam a SimplesVet se veem agora diante de um cenário delicado — com receio sobre o futuro do sistema, possíveis mudanças nas diretrizes da ferramenta e a forma como seus dados serão administrados.

Essa movimentação também abre espaço para uma discussão mais ampla: qual é o papel dos dados estratégicos em um setor cada vez mais competitivo? Informações como frequência de atendimento, tipos de serviços mais procurados, ticket médio, perfil de clientes e sazonalidade de vendas são verdadeiros ativos de negócio — e a forma como esses dados são armazenados, utilizados ou até cruzados com outras operações pode influenciar diretamente decisões de mercado.

Outro ponto que gera insegurança é o histórico de aquisições em mercados nichados. Em diversos setores, quando grandes players absorvem soluções menores, é comum que ocorram mudanças em funcionalidades, reajustes de preços ou até fusões de sistemas — o que impacta diretamente a rotina de quem está na ponta, gerando retrabalho, adaptação forçada ou perda de recursos que antes eram diferenciais.

No caso específico do setor pet, que é formado majoritariamente por pequenos e médios empreendedores, autonomia na gestão e clareza sobre o futuro das ferramentas utilizadas são fundamentais para manter estabilidade operacional e confiança nas decisões de longo prazo.

Embora ainda não haja informações oficiais sobre alterações na operação, o momento pede atenção. A recomendação é que pet shops e clínicas estejam atentos, mantenham-se informados e façam uma análise estratégica sobre os impactos dessa aquisição — tanto a curto quanto a médio prazo.